2 de julho de 2010

Slow Food de Utinga

Dia 30 foi meu último dia de férias e agora voltei a labuta, mesmo que em um ritmo bem mais calmo. Isso tem um interferência óbvia de minha viagem para a Bahia, terra de Caymmi e João Gilberto.

Embarquei pela manhã do dia 15 de junho em Viracopos, com destino ao aeroporto Internacional de Salvador - Deputado Luís Eduardo Magalhães. E, de lá, direto para a rodoviária para embarcar em um ônibus com rumo à Utinga.

Foram mais de 400 Km de estrada até chegar na pequena rodoviária, onde mãe da Ji (uma grande amiga, que foi responsável por esta odisséia nordestina) e seu marido nos esperavam. Os nomes são Lindinalva (carinhosamente chamada por todas de Lindi) e Milton (conhecido como: o Miltão que matava porco. Um sanfoneiro de primeira). Eles nos conduziram até a casa, localizada no bairro Ponte de Tábua, e nos abriram todas as portas, reais e imaginárias.

Por lá foram 8 dias de muito sussego. Revesávamos nossos afazeres em tomar banhos de rio, conversar sobre as coisas da vida (e da morte também), passear pelas ruelas, mas de, principalmente, cozinhar. Preparamos, por exemplo, uma galinhada, onde o passo a passo começou com algumas palmas nas casas dos vizinhos, seguidos de um diálogo que se começava com: "tem galinha boa por aí?". E depois de correr atrás das pobrezinhas que iriam para nossas barrigas, fizemos a pesagem (com os próprios braçoes, é claro) e a negociação. O resto é o de sempre: matar (confesso, que não fiz isso), despenar, limpar, temperar, cozinhar e servir. A parte do tempero merece uma ressalve: coentro (muito coentro). Falarei mais sobre ele e sua ditaduta na culinária nordestina.

Foto: Andrei Martinez

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