As lembranças dos cheiros são fortalezas internas que culminam em nossa verdadeira essência. O azedo que antes tanto nos encantava, de tanta estranheza, vem como um rufo de prazer incomensurável.
Tardes quentes que fazem nosso cotidiano uma festa, mesmo sem uma aparente produção, legitima a força da simplicidade, que resplandece cores, formas, texturas, sons, quinas, curvas, alturas, degraus, tecidos, olhares, cochichos, ardências, remédios, sabores e outras peripécias.
Cabe a nós viver essa magnitude chamada acaso, com a calma de uma criança que vive apenas o agora. A combinação ideal é a tranquilidade - que dá tempo-ao-tempo - com a agitação do querer viver o melhor neste exato momento, com os melhores argumentos.
Essa é a imagem hipotética de um mundo realmente melhor.
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