Se procurarmos nas filosofias intelectuais, religiosas,
familiares, dentre tantas fontes, vamos descobrir que no final não existe um
caminho exato para o trilhar da vida. Os ateus podem nos mostrar aspectos da fé
e existem muitas contradições entre os religiosos. E por aí vai...
Não é defesa de causa alguma, é só perceber que se puxarmos
os fios que explicam o sentido da nossa vida vamos perceber um belo emaranhado.
E junte-se a isso a avalanche de informações que recebemos cotidianamente,
vamos entrar num colapso de nós. Não achamos caminho exato, sem contradições,
sem erros, sem ajustes.
Se observarmos um agricultor que passou a vida inteira plantando e colhendo maçãs, pesquisando sobre
maçãs, sendo o o melhor em maçãs, vamos ter certeza de que ele conhece sobre
aquele fruto e sabe, sob tudo, o como fazer maçãs que não deram certo, que não
se desenvolvem, que pegam pragas.
Temos um instinto de realizar coisas, de falar que somos bom
em algo, de sermos as melhores pessoas fazendo seja lá o que for. Se nos
aprofundarmos mais um pouco, vamos entrar em contradição. É batata. Somos uma
fraude. E isso mexe com o nosso ego. Fomos treinados para sermos perfeitos.
Ledo engano, não existe coerência no todo.
Vez ou outra vamos nos trair fazendo o que já aprendemos que
não deveríamos fazer. Todos fazem isso. E está tudo bem. O segredo é juntar a
concha de retalho, desfazer alguns nós, fazer outros e deixar viver. Talvez
desse processo consigamos entrar em contato com o nosso pomar de contradições,
dominá-lo e, por fim, produzir nossos melhores frutos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário